QUÍMICA VIVA

QUÍMICA VIVA

Alimentos e aditivos alimentares

Aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado aos alimentos intencionalmente, sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais do alimento (Veloso, 2009).

Há a necessidade do controle do uso dessas substâncias devido a alguns riscos que podem oferecer à população e em algumas pessoas em especial, como os indivíduos que são alérgicos a determinado aditivo alimentício. Na literatura, há informações a respeito de algumas dessas substâncias que podem causar sérios problemas de saúde como câncer, desenvolvimento de alergias, hiperatividade, entre outros. Dentre os produtos submetidos ao controle e à fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estão incluídos os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia de fabricação, conforme disposto na Lei nº 9782, de 26 de janeiro de 1999 (ANVISA, 2009).

Esses aditivos alimentares, indicados nos rótulos dos produtos, mas sem informação dos seus efeitos na saúde humana, não possibilitam ao consumidor mais preocupado com seu bem-estar escolher alternativas mais saudáveis. Cada pessoa desenvolve um hábito alimentar adquirido na infância pelo contato com familiares, pelo convívio social e pela influência da mídia. Os alimentos e a forma de preparo provêm da cultura, do gosto, da renda e do acesso à diversidade destes. Nesse cenário – a falta de conhecimento acerca do assunto aditivos –, o referido trabalho teve por objetivo avaliar os resultados obtidos nas atividades desenvolvidas na escola e informar os alunos sobre os efeitos causados por algumas dessas substâncias, bem como também objetivou diminuir o consumo destes.
Segurança e males provenientes do uso de alguns aditivos alimentares
Antes de ser autorizado o uso de um aditivo, deve ser feita a adequada avaliação toxicológica, considerando qualquer efeito cumulativo, sinérgico ou de proteção. Os aditivos alimentares devem ser mantidos sob observação e ser reavaliados, conhecendo-se sempre as informações científicas que surjam sobre esse tema. Não interessa apenas as propriedades específicas que os convertem em aditivo alimentar, mas todas as suas ações colaterais e contraindicações, especialmente aquelas derivadas de seu uso prolongado (Salinas, 2002).
Figura 1: BHT (Butil-hidroxitolueno).
Figura 1: BHT (Butil-hidroxitolueno).
Essas substâncias devem satisfazer os requisitos de segurança mais elevados em relação aos fármacos, cujos efeitos colaterais são admissíveis. Os aditivos devem ser livres de efeitos secundários nos seres humanos, aumentando o valor da margem de segurança real. Uma característica marcante é que os conservantes têm baixos níveis de segurança real (Lück e Jager, 1999).

Deve-se dar ênfase a estudos na administração de substâncias por longos períodos para que seja possível detectar lesões como os efeitos cancerígenos, entre outros. Os testes de toxicidade crônica são considerados, portanto, como o principal método de avaliar o risco potencial de um aditivo utilizado em alimentos. A maioria deles é permitida em concentrações 100 vezes abaixo daquela na qual o risco é conhecido como zero (Sizer e Whitney, 2001).

Essas restrições se devem ao conhecimento dos males que alguns aditivos podem causar como, por exemplo, os antioxidantes BHT (Butil-hidroxitolueno) (Figura 1) e BHA (Butil-hidroxianisol) (Figura 2), que são substâncias genotóxicas e causam danos aos genes de uma célula ou de um organismo (Ledever, 1991).
Figura 2: BHA (Butil-hidroxianisol).
Figura 2: BHA (Butil-hidroxianisol).
Estudos realizados em cobaias, como camundongos e macacos, mostraram que o BHT causa problemas hepáticos, provoca aumento do metabolismo e reduz, desse modo, o tecido adiposo. Pode ainda ativar o aparecimento de tumores no pulmão, causar problemas gastrointestinais e hepáticos em camundongos. Reduz a reserva hepática de vitamina A e é encontrado em alimentos ricos em óleos e gorduras como manteiga, carnes, cereais, bolos, biscoitos, cerveja, salgadinhos, batatas desidratadas, gomas de mascar (Ledever, 1991).

O BHA provoca aumento da excreção urinária de ácido ascórbico, aumento da mortalidade perinatal e retardos de crescimento nos filhotes, sendo encontrado em cereais e alimentos ricos em gordura. Individualmente ou seu somatório, o BHT e o BHA são permitidos pela legislação brasileira com limite de 50 mg/kg nos compostos (Ledever, 1991).

A utilização do conservante nitrito de sódio (NaNO2), que está inteiramente ligado à quantidade ingerida em contato com substâncias do trato gastrointestinal, reage formando nitrosamina. Conforme a Figura 3, vê-se um metabólito carcinogênico, devido à temperatura e ao ambiente ácido. Por essa razão, deve ser reduzida a ingestão de nitritos (NO2-), que podem ser encontrados em alimentos defumados ou curados como carnes, peixes, linguiças e salsichas (Santos e Vale, 2008).
Figura 3: Estrutura da nitrosamina.
Figura 3: Estrutura da nitrosamina.
O nitrito é empregado quase sempre como nitrito de sódio (NaNO2) devido à sua toxicidade. A LD50 (dose letal) do nitrito se encontra de 100 a 200 mg/kg peso corporal. Para os humanos, o nitrito é bastante tóxico, pois a dose letal pode ser de 32 mg/kg peso corporal. Quando administrado em animais por meio de água contendo 1,4 g/L, em experimentos feitos durante 200 dias, causou alterações nos rins, baço, fígado e miocárdio. Ao administrar na alimentação 100 mg de nitrito/kg de peso corpóreo de ratas, observou-se em três gerações uma redução da concentração de hemoglobina no sangue e capacidade de reprodução afetada. É encontrado em bacon, presunto e alguns queijos (Lück e Jager, 1999).

Os corantes que são muito utilizados para colorir balas e caramelos são considerados maléficos à saúde humana, bem como o aditivo aspartame, adoçante de refrigerantes diet e light. Há casos comprovados de que uma criança, ao consumir um pirulito que contenha algum tipo de corante e que seja alérgico a este, pode vir a falecer caso não seja medicada a tempo (Militão, 2009).

A Tartrazina (Figura 4), corante amarelo, pode causar reações alérgicas como asma, bronquite, rinite, náuseas, broncoespasmos, urticária, eczema e dor de cabeça, segundo estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa na década de 1970. O angiodema pode aparecer já nas primeiras horas seguintes à ingestão do produto, enquanto a urticária aparece de 6 a 14 horas mais tarde. A Ingestão Diária Aceitável (IDA) da tartrazina é de 7,5 mg/kg, e é usada em alimentos como balas, caramelos, confeitos, gelatinas e similares (ANVISA, 2007).
Figura 4: Tartrazina.
Figura 4: Tartrazina.
A Eritrosina (Figura 5), considerado um dos responsáveis por alterações no comportamento humano, é um corante rosa-cereja que apresenta potencial carcinogênico. Após a administração em camundongos machos, foi observada uma diminuição nos níveis de espermatozoides, o que resultou em uma interferência na mobilidade destes. Pesquisas feitas com cães demonstraram que, em doses suficientes, a eritrosina causou vômitos e albuminúria. Ela também é utilizada para colorir bombons, frutas em conservas, xaropes de frutas, doces, pastilhas, sodas e sorvetes (Polônio et al., 2009).
Figura 5: Eritrosina.
Figura 5: Eritrosina.
Categorias dos aditivos químicos
De acordo com o Codex Alimentarius (expressão em latim que significa código alimentar), uma comissão das Nações Unidas e do governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, classifica os aditivos em categorias conforme suas funções como pode ser visto na Tabela 1. A lista geral harmonizada MERCOSUL assinala aditivos permitidos na região e o número de ordem em que se encontram agrupados no Codex (INS – Sistema Internacional de Numeração, Codex Alimentarius FAO/OMS, que é aberta para quaisquer modificações) (Salinas, 2002).

Essa lista é de grande importância na rotulagem de alimentos industrializados devido à obrigação de declarar os componentes dos aditivos no rótulo e nas embalagens, podendo isso ser feito por intermédio da função principal destes, pelo seu nome completo ou seu número INS. Algumas vezes, são utilizados nos rótulos códigos que indicam os aditivos usados naquele alimento como mostra a Tabela 1 (Salinas, 2002).
Tabela 1: Categorias dos aditivos e função.
Tabela 1: Categorias dos aditivos e função.
Tendo em vista essas diversas formas de rotulagem, nota-se um problema para o consumidor que, muitas vezes, desconhece o significado desses códigos, sendo privado de saber o que realmente está consumindo, menos os ingredientes naturais do próprio alimento. Há um problema nesse tipo de rotulagem, pois, por exemplo, em caso de alergia a algum desses componentes, o consumidor não saberá reconhecê-lo na embalagem. Abaixo, segue a indicação de nomes geralmente desconhecidos nos rótulos de alimentos (PROCON, 2010): P: significa a presença; C: são corantes naturais (CI) ou artificiais (C2); F: aromatizantes ou flavorizantes, podendo ser naturais ou artificiais; EP: espessantes; U: umectantes que impedem o ressecamento do alimento; AU: antiumectantes; ET: estabilizantes; H: acidulantes; D: edulcorantes; A: antioxidantes.

Polímeros - resumo

Artigo sobre Polímeros, definição, características e tipos com questões de vestibulares 

Polímeros - definição e características
Se dissermos que os polímeros são plásticos toda a gente sabe do que estamos a falar. Mas os polímeros não são apenas os plásticos, eles também entram na constituição do nosso corpo. Por exemplo, o ADN, que contém o código genético que define as características das pessoas e outros seres vivos, é um polímero. Também são polímeros as proteínas e o amido nos alimentos. Assim, existem polímeros naturais e polímeros sintéticos.

   Se aprendermos coisas sobre os polímeros que são tão habituais no nosso dia podemos perceber como utilizá-los melhor e como reciclá-los melhorando o ambiente.
   
   Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular, resultantes de reações químicas de polimerização.
   Trata-se de macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores (os monômeros). O número de unidades estruturais repetidas numa macromolécula é chamado grau de polimerização. Em geral, os polímeros contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções relativas que seus monômeros, mas em maior quantidade absoluta.
   As normas internacionais publicadas pela IUPAC indicam que o princípio geral para nomear os polímeros é utilizando-se o prefixo poli-, seguido da unidade estrutural repetitiva que define ao polímero, escrita entre parênteses. Por exemplo: Poli (tio-1,4-fenileno).
   As normas da IUPAC são geralmente usadas para dar nome aos polímeros de estrutura complexa, uma vez que permitem identificá-los sem produzir ambiguidades nas bases de dados de artigos científicos. Porém, não costumam ser usadas para polímeros de estrutura mais simples e de uso comum, principalmente porque esses polímeros foram inventados antes que se publicassem as primeiras normas da IUPAC, em 1952, e por isso seus nomes tradicionais já haviam sido popularizados.
   Na prática, os polímeros de uso comum costumam ser denominados da seguinte forma:
  • Prefixo poli- seguido do monômero de onde se obtém o polímero. Esta convenção utiliza uma denominação sem uso de parênteses e, em muitos casos, seguindo uma nomenclatura "tradicional". Exemplo: polietileno em vez de "poli(metileno)"; poliestireno em vez de "poli(1-feniletileno)".
  • Para co-polímeros, costumam-se listar simplesmente os monômeros que os formam, precedidos da palavra "goma", se é um elastômero, ou "resina", se é um plástico. Exemplos: goma estireno-butadieno; resina fenol-formaldeído.
  • É frequente também o uso indevido de marcas comerciais como sinônimos de polímeros, independentemente da empresa que o fabrique. Exemplos: Nylon para poliamida, Teflon para politetrafluoeretileno, Neopreno para policloropreno, Isopor para poliestireno.
   A IUPAC reconhece que os nomes tradicionais estão firmemente fixados por seu uso e não pretende aboli-los, apenas reduzindo-os gradativamente em suas utilizações nas publicações científicas.
A sua história
   Até à primeira metade do século XIX acreditava-se na chamada Teoria da Força Vital enunciada por Berzelius. Até ao século XIX somente era possível utilizar polímeros produzidos naturalmente, pois não havia tecnologia disponível para promover reações entre os compostos de carbono.
   Posteriormente, Friedrich Wöhler, discípulo de Berzelius, prova que a teoria da Força Vital não pode ser aplicada. Após este revés, as pesquisas sobre química orgânica multiplicam-se. Em 1883 Charles Goodyear descobre a vulcanização da borracha natural. Por volta de 1860 já havia a moldagem industrial de plásticos naturais reforçados com fibras, como a goma-laca e a gutta-percha. Em 1910 começa a funcionar a primeira fábrica de rayon nos EUA e em 1924 surgem as fibras de acetato de celulose.
   Henri Victor Regnault polimeriza o cloreto de vinila com auxílio da luz do sol, Einhorn & Bischoff descobrem o policarbonato. Esse material só voltou a ser desenvolvido em 1950 e finalmente em 1970 Bakeland sintetiza resinas de fenol-formaldeído. É o primeiro plástico totalmente sintético que surge em escala comercial.
O período entre 1920 e 1950 foi decisivo para o aparecimento dos polímeros modernos. Durante a década de 1960 surgem os plásticos de engenharia. Na década de 1980 observa-se um certo amadurecimento da Tecnologia dos Polímeros: o ritmo dos desenvolvimentos diminui, enquanto se procura aumentar a escala comercial dos avanços conseguidos.
   Finalmente na década de 1990 os catalisadores de metaloceno, reciclagem em grande escala de garrafas de PE e PET, biopolímeros, uso em larga escala dos elastômeros termoplásticos e plásticos de engenharia. A preocupação com a reciclagem torna-se quase uma obsessão, pois dela depende a viabilização comercial dos polímeros.
A partir do final da década de 1990, novas técnicas de polimerização começam a ser investigadas, onde se consegue ter um grande controlo da massa molecular e do índice de polidispersividade do polímero. Assim, começam a ser conhecidas as técnicas de polimerização radicalar controlada.
  
Reações de polimerização
   A polimerização é uma reação em que as moléculas menores (monômeros) se combinam quimicamente (por valências principais) para formar moléculas longas, mais ou menos ramificadas com a mesma composição centesimal. Estes podem formar-se por reação em cadeia ou por meio de reações de poliadição ou policondensação. A polimerização pode ser reversível ou não e pode ser espontânea ou provocada (por calor ou reagentes).
   Exemplo: O etileno é um gás que pode polimerizar-se por reação em cadeia, a temperatura e pressão elevadas e em presença de pequenas quantidades de oxigênio gasoso resultando uma substância sólida, o polietileno. A polimerização do etileno e outros monômeros pode efetuar-se à pressão normal e baixa temperatura mediante catalisadores. Assim, é possível obter polímeros com cadeias moleculares de estrutura muito uniforme.
   Na indústria química, muitos polímeros são produzidos através de reações em cadeia. Nestas reações de polimerização, os radicais livres necessários para iniciar a reação são produzidos por um iniciador que é uma molécula capaz de formar radicais livres a temperaturas relativamente baixas. Um exemplo de um iniciador é o peróxido de benzoíla que se decompõe com facilidade em radicais fenilo. Os radicais assim formados vão atacar as moléculas do monômero dando origem à reação de polimerização.
As suas características
   Uma das principais e mais importantes características dos polímeros são as mecânicas. Segundo ela os polímeros podem ser divididos em termoplásticos, termoendurecíveis (termofixos) e elastômeros (borrachas).

Termoplásticos

   Termoplástico é um dos tipos de plásticos mais encontrados no mercado. Pode ser fundido diversas vezes, alguns podem até dissolver-se em vários solventes. Assim, a sua reciclagem é possível, uma característica bastante desejável atualmente.

Exemplos:
 
PC - Policarbonato - Utilizado em: Cd´s, garrafas, recipientes para filtros, componentes de interiores de aviões, coberturas translúcidas, divisórias, vitrines, etc.
PU – Poliuretano - Utilizado para: Esquadrias, chapas, revestimentos, molduras, filmes, estofamento de automóveis, em móveis, isolamento térmico em roupas impermeáveis, isolamento em refrigeradores industriais e domésticos, polias e correias.
PVC - Policloreto de vinilo ou cloreto de polivinilo - Utilizado em: Telhas translúcidas, portas sanfonadas, divisórias, persianas, perfis, tubos e conexões para água, esgoto e ventilação, esquadrias, molduras para teto e parede.
PS - Poliestireno - Aplicações: Grades de ar condicionado, gaiútas de barcos (imitação de vidro), peças de máquinas e de automóveis, fabricação de gavetas de frigoríficos, brinquedos, isolante térmico.
PP - Polipropileno - Aplicações: brinquedos, recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos, carcaças para eletrodomésticos, fibras, sacarias (ráfia), filmes orientados, tubos para cargas de canetas esferográficas, carpetes, seringas de injeção, material hospitalar esterilizável, autopeças (pára-choques, pedais, carcaças de baterias, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo), peças para máquinas de lavar, etc.
Polietileno Tereftalato (PET) - Aplicações: Embalagens para bebidas, refrigerantes, água mineral, alimentos, produtos de limpeza, condimentos; reciclado, presta-se a inúmeras finalidades: tecidos, fios, sacarias, vassouras.
Plexiglas - é conhecido como vidro plástico.

Termorrígidos (Termofixos)

   São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não se podem fundir novamente. O aquecimento do polímero acabado promove decomposição do material antes de sua fusão, tornando a sua reciclagem complicada.
Exemplos
Baquelite: usada em tomadas, telefones antigos e no embutimento de amostras metalográficas.
Poliéster: usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, entre outros, na forma de plástico reforçado (fiberglass).

Elastômeros (Borrachas)

   Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não se podem fundir, depois de sintetizados, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. A reciclagem é complicada pela incapacidade de fusão.

Exemplos

Poliisopropileno - borracha semelhante à natural
Buna S - Aplicações: pneus, câmaras de ar, vedações, mangueiras de borracha.
Buna N ou perbunan
Neopreno ou policloropreno
Reciclagem
   Alguns polímeros, como termofixos e borrachas, não podem ser reciclados de forma direta, pois não existe uma forma de refundí-los ou depolimerizá-los.
   Na maioria das vezes a reciclagem de termoplásticos não é economicamente viável devido ao seu baixo preço e baixa densidade. Somente plásticos consumidos em massa, como o PE e PET, apresentam bom potencial econômico. Outro problema é o facto de os plásticos reciclados serem encarados como material de segunda classe.
   Quando a reciclagem não é possível a alternativa é queimar os plásticos, transformando-os em energia. Porém os que apresentam halogênio como o PVC e o PTFE, geram gases tóxicos na queima. Para que isso não ocorra esse material deve ser encaminhado para dehalogenação antes da queima.

Utilização

Os polímeros estão presentes na vida de qualquer pessoa por serem de grande utilidade (doméstica ou industrial). Assim, pode-se apontar algumas das suas variadas aplicações:

Produção de plásticos (poliestireno, PVC, Teflon);
Produção de fibras sintéticas (Nylon, Poliéster, Dacron);
Restauração de pneus;
Isolantes elétricos (borrachas);
Termoplásticos (fabricação de CD’s, garrafas PET, brinquedos, peças de automóveis);

Um dos grandes problemas dos polímeros é a dificuldade reciclagem porque nem todos podem ser decompostos (através de uma nova fusão) ou depolimerizados de forma direta. Além de que a reciclagem pode se tornar várias vezes mais caras do que uma nova produção, assim, deve ser de consciência geral o consumo responsável desses compostos.


Polímeros e Poluição
A partir da década de 1960 iniciou-se o processo de modernização das embalagens para produtos industrializados. Foi a partir daí que começaram os problemas: antes dessa época as embalagens utilizadas para sólidos eram papéis e papelão, e para os líquidos eram as latas e vidros. 

Com a revolução das embalagens, surgiram as embalagens plásticas que são derivadas de polímeros, estas são mais usadas devido algumas vantagens que apresentam. Elas são obtidas a baixo custo, são impermeáveis, flexíveis e ao mesmo tempo são resistentes a impactos. Sendo assim, foram substituindo as antigas embalagens até serem usadas em larga escala como nos dias atuais. 

Durante muitos anos as embalagens plásticas estão sendo despejadas em aterros sanitários, mas o fato de não serem biodegradáveis faz com que se acumulem no ambiente conservando por muitos anos suas propriedades físicas, já que possuem elevada resistência. 

São necessários de 100 a 150 anos (aproximadamente) para que os polímeros sejam degradados no ambiente. Por isso a poluição causada pelos polímeros se tornou uma preocupação em escala mundial, além de poluir rios e lagos, polui também o solo de um modo geral. 

Os grandes vilões deste século são os materiais poliméricos como as garrafas PET de refrigerantes, que acarretam problemas ambientais pelas características de serem descartáveis. A poluição pelos polímeros poderia ser minimizada com a reciclagem dos plásticos ou o emprego de polímeros biodegradáveis.

Fontes:
 

Questões de vestibular sobre Polímeros


1) (FATEC-SP) A polimerização por adição consiste na reação entre moléculas de uma mesma substância, na qual em sua estrutura, ocorre uma ligação dupla entre dois átomos de carbono, formando-se apenas o polímero. (O polietileno é um exemplo de polímero formado por reação de adição). Considere as seguintes substâncias:

I. 3-bromopropeno-1 (C3H5Br)
II. tetrafluoretano (C2H2F4)
III. propanol-1 (C3H7OH)
IV. cloroeteno (C2H3Cl)
As que poderiam sofrer polimerização por adição são:
 
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e III
e) II e IV
 
2) (UFSCar) A borracha natural é um elastômero (polímero elástico), que é obtida do látex coagulado da Hevea brasiliensis. Suas propriedades elásticas melhoram quando aquecida com enxofre, processo inventado por Charles Goodyear, que recebe o nome de:
 
a) ustulação
b) vulcanização
c) destilação
d) sintetização
e) galvanização
 
3) A substância fundamental passível de polimerização chama-se:

a) polímero
b) epímero
c) molde
d) monômero
e) suporte

4) (U. PASSO FUNDO - RS) Os plásticos constituem uma classe de materiais que confere conforto ao homem. Sob o ponto de vista químico, os plásticos e suas unidades constituintes são, respectivamente:


a) hidrocarbonetos; peptídios;
b) macromoléculas; ácidos graxos;
c) polímeros; monômeros;
d) polímeros; proteínas;
e) proteínas; aminoácidos.

5) "(...) Plásticos foram descobertos no século passado, mas o primeiro completamente sintético a ser comercializado foi o baquelite, inventado em 1910. (...) Foi em 1922 que o alemão Hermann Staudinger descobriu que substâncias como a borracha eram formadas por cadeias de moléculas, chamadas por ele de macromoléculas. Estava descoberto o polímero (...)"(Texto extraído do jornal O Estado de S. Paulo)


Assinale a alternativa que relaciona polímeros que contenham halogênios em sua estrutura:


a) polietileno e polipropileno
b) nylon e dácron
c) baquelite e borracha
d) PVC e teflon
e) amido e proteínas

6)  (ITA - SP) Nas afirmações abaixo, macromoléculas são relacionadas com o processo conhecido como vulcanização. Assinale a opção que contém a afirmação correta:


a) O elastômero obtido a partir de butadieno-1,3 e estireno (vinilbenzeno) não se presta à vulcanização.

b) A desvulcanização ou reciclagem de pneus se baseia na ação do ácido sulfúrico concentrado, em presença de oxigênio e em temperatura elevada, sobre a borracha vulcanizada.


c) Na vulcanização, os polímeros recebem uma carga de calcário e piche, que os torna resistentes ao calor sem perda de elasticidade.


d) Os polímeros vulcanizados só serão elásticos se a concentração de agente vulcanizante não for excessiva.


e) Do butadieno-1,3 obtém-se um polímero que, enquanto não for vulcanizado, será termofixo.


7) (AMAN) Considerando os tipos de polímeros abaixo:

I.   polímero de adição

II.  polímero de condensação
III. copolímero de adição
IV. copolímero de condensação

Podemos afirmar que o polímero poliacrilonitrilo (orlon) e o náilon são, respectivamente:

a) ambos do tipo I
b) II e III
c) I e IV
d) II e IV
e) ambos do tipo III

8)  (UNISINOS - RS) Polímeros (do grego poli, "muitas", meros, "partes") são compostos naturais ou artificiais formados por macromoléculas que, por sua vez, são constituídas por unidades estruturais repetitivas, denominadas.............. Assim, entre outros exemplos, podemos citar que o amido é um polímero originado a partir da glicose, que o polietileno se obtém do etileno, que a borracha natural, extraída da espécie vegetal Hevea brasiliensis (seringueira), tem como unidade o ....................... e que o polipropileno é resultado da polimerização do..............

As lacunas são preenchidas, correta e respectivamente, por:
 
a) elastômeros, estirenos e propeno;
b) monômeros, isopreno e propeno;
c) anômeros, cloropreno e neopreno;
d) monômeros, propeno e isopreno;
e) elastômeros, eritreno e isopreno.
 
9) Dentre as moléculas abaixo, qual é a única que está propensa a realizar uma reação de polimerização por adição?
 
a)     Cl       
         │  
Cl ─ C ─ H
         │
        Cl                
b)    Cl    Cl  
        │     │
H ─ C ─ C ─H
        │    │
        Cl   Cl    
c)     H     H  
        │      │
H ─ C ─ C ─H
        │      │
        H     H
d)     H    H
        │     │
       C ═ C
        │     │
        H    H
e)    H        
        │  
H ─ C ─ H
        │
        H 

10) (Unemat) Os polímeros sintéticos estão presentes em nossa sociedade de forma bastante intensa. Atualmente, os polímeros de adição dominam a economia das indústrias químicas. Cinco deles, cujos monômeros estão listados na tabela abaixo, estão envolvidos em mais da metade da produção mundial de plásticos.

Assinale a alternativa incorreta.
 
a.       O eteno é o monômero do polietileno.
b.      O teflon é um polímero de tetrafluoreteno.
c.        A fórmula do Orlon, polímero resultante da adição do acrilonitrila, é (-CH(CN)-CH2-)n.
d.      O cloreto de vinila produz o polímero cloreto de polivinila (PVC), cuja fórmula é (-CHC– CH2-)n.
e.       A fórmula do poliestireno, polímero do estireno, é (CH(C6H5)C– CH2)n.

11) (UFBA) Em relação aos polímeros a seguir, pode-se afirmar:


01. I é derivado de um composto parafínico chamado etano e muito utilizado na fabricação de fios sintéticos.
02. II é derivado de um composto saturado, de massa molecular 62,5u.
04. III é o teflon, usado principalmente como isolante elétrico.
08. IV é derivado do propeno.
16. V é derivado de um composto conhecido como vinilbenzeno e é muito usado na fabricação de espumas sintéticas.
32. I, II, III, IV e V são polímeros resultantes de reação de condensação em presença de catalisadores.

12) (ITA - 2005) Considere que dois materiais poliméricos A e B são suportados em substratos iguais e flexíveis. Em condições ambientes, pode-se observar que o material polimérico A é rígido, enquanto o material B é bastante flexível. A seguir, ambos os materiais são aquecidos à temperatura (T), menor do que as respectivas temperaturas de decomposição. Observou-se que o material A apresentou-se flexível e o material B tornou-se rígido, na temperatura (T). A seguir, os dois materiais poliméricos foram resfriados à temperatura ambiente.

a) Preveja o que será observado caso o mesmo tratamento térmico for novamente realizado nos materiais poliméricos A e B. Justifique sua resposta.
b) Baseando-se na resposta ao item a), preveja a solubilidade dos materiais em solventes orgânicos.
13) Náilon e borracha sintética podem ser citados como exemplos de 

a) hidratos de carbono. 

b) proteínas. 
c) lipídios. 
d) polímeros. 
e) enzimas.

14) (PUCCAMP) "Gás natural, gás liquefeito, gasolina e querosene são algumas das frações resultantes da CHICH do petróleo. Pelo craqueamento de frações pesadas do petróleo obtém-se etileno utilizado em reações de CHIICH para a obtenção de plásticos."Completa-se corretamente a proposição quando I e II são substituídos, respectivamente, por 



a) decantação e polimerização.
b) filtração e combustão.
c) destilação fracionada e polimerização.
d) destilação fracionada e pirólise.
e) fusão fracionada e fotólise.
 
15) (PUCCAMP) Hoje são conhecidos numerosos polímeros orgânicos com propriedades condutoras de eletricidade. O desenvolvimento tecnológico desse tipo de materiais é de grande interesse, pois podem vir a ser substitutos de metais nos fios condutores. Poliparafenileno é um exemplo. Tal polímeroI - é formado por macromoléculas. II - deve, sob tensão elétrica, apresentar movimentação dirigida de partículas eletricamente carregadas. III - deve ser formado por íons positivos e negativos.Dessas afirmações, SOMENTE 

a) I é correta. 
b) II é correta. 
c) III é correta. 
d) I e II são corretas. 
e) II e III são corretas.
 
16) (ITA) Considere as seguintes afirmações:
 
I.A reação da borracha natural com enxofre é denominada de vulcanização. 
II.Polímeros termoplásticos amolecem quando são aquecidos. 
III.Polímeros termofixos apresentam alto ponto de fusão. IV. Os Homopolímeros polipropileno e politetrafluoretileno são sintetizados por meio de reações de adição. V. Mesas de madeira, camisetas de algodão e folhas de papel contêm materiais poliméricos.Das afirmações feitas, estão CORRETAS 
a) apenas I, II, IV e V. 
b) apenas I, II e V. 
c) apenas III, IV e V. 
d) Apenas IV e V. 
e) todas.
17) (UNESP) Certos utensílios de uso hospitalar, feitos com polímeros sintéticos, devem ser destruídos por incineração em temperaturas elevadas. É essencial que o polímero, escolhido para a confecção desses utensílios, produza a menor poluição possível quando os utensílios são incinerados. Com base neste critério, dentre os polímeros de fórmulas gerais podem ser empregados na confecção desses utensílios hospitalares 

a) o polietileno, apenas.
b) o polipropileno, apenas.
c) o PVC, apenas.
d) o polietileno e o polipropileno, apenas.
e) o polipropileno e o PVC, apenas.


18) (UNESP) Considere a seguinte seqüência de reações: Com respeito a estas reações, são feitas as afirmações:

I.X é CaC2.
II.Y2O3 é H2C = CH2.
III.O produto final é o polímero polivinilacetileno.São corretas as afirmações:

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.


19) (UFPI) Materiais poliméricos são muito usados em embalagens de líquidos agressivos como os de uso sanitário e alvejantes. Os polímeros sofrem desgastes físicos, ocasionados pela decomposição química dos hidrogenoperóxidos - PO2H, altamente instáveis em altas temperaturas. Analise as afirmativas abaixo e marque a opção correta.

I.Aumentando a temperatura, haverá aumento na energia de ativação da ligação polimérica. 
II.A decomposição física do polímero está associada à ruptura de sua cadeia. 
III.A velocidade de reação entre o líquido agressivo e o polímero pode depender da forma da embalagem.


a) Apenas I está correta. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Estão corretas I, II e III. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Apenas III está correta.
 
20) (FGV) Vulcanização é um processo de produção de borracha comercial, que consiste, basicamente, na: 
 
a) polimerização do isopreno. 
b) interligação das cadeias dos polímeros da borracha natural por átomos de carbono. 
c) interligação das cadeias dos polímeros da borracha natural por átomos de silício. 
d) interligação das cadeias dos polímeros da borracha natural por átomos de enxofre. 
e) desidratação da borracha natural seguida de adição de negro de fumo.
 
21) (UFU) Polímeros são macromoléculas orgânicas construídas a partir de muitas unidades pequenas que se repetem, chamadas monômeros. Assinale a alternativa que apresenta somente polímeros naturais.
 
a) Celulose, plástico, poliestireno. 
b) Amido, proteína, celulose. 
c) Amido, náilon, polietileno. 
d) Plástico, PVC, teflon.
 
22) (UEPG) Os tamborins, que no passado eram feitos com couro de gato, hoje são produzidos com a poliamida, um polímero muito utilizado pela indústria por apresentar boa resistência mecânica, impermeabilidade e baixa densidade. Considere as afirmações a seguir.I - Resistência mecânica - apresentada pela poliamida, atende à necessidade de o tamborim resistir ao impacto no momento de produzir o som. II - Impermeabilidade da poliamida - impede a penetração de água em caso de chuva, durante a utilização do tamborim. III - Densidade da poliamida - é maior que a do couro de gatos, motivo que provocou a sua substituição na confecção do tamborim.É verdadeiro apenas o que se afirma em 
 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) II e III. 
e) I, II e III.

Gabarito:


1) Alternativa  C.
I e IV (3-bromopropENO-1 e CloroetENo). Polimerização por adição é a reação em que polímeros são formados a partir de um monômero que deve ser um composto insaturado, portanto o composto deve conter ligações duplas indicadas na nomenclatura por “eno”.    2) B     3) D    4) C    5) D    6) D    7) C
8) B    9) Alternativa “d”, pois é a única molécula que possui uma ligação pi que pode ser quebrada, formando, assim, duas novas ligações simples que serão o “elo de ligação” entre os monômeros.
10) Alternativa “e”. A fórmula do poliestireno, polímero do estireno, é (CH(C6H5)– CH2)n.
11) soma = 28   12)  a) O aquecimento altera a estrutura do polímero A tornando-o flexível, logo ele é termoplástico. Já no caso do polímero B o aquecimento torna-o rígido, e ele não pode ser amolecido pelo calor, logo B é um polímero
termofixo, conseqüentemente em um novo tratamento térmico, ele permanecerá rígido.
b) Solventes orgânicos separam as cadeias do polímero A devido as ligações intermoleculares entre o
polímero e o solvente. O polímero B não é solúvel em solventes orgânicos pois apresenta ligações cruzadas entre suas cadeias. 
13) D     14) C     15) D    16) A     17) D    18) A    19) D    20) D    21) B    22) C

Petróleo, carvão e seus Derivados - resumo

Artigo sobre petróleo, carvão e seus derivados com questões de vestibulares

PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS
 
O petróleo vertido no mar constitui um tipo de poluição importante e preocupante na escala mundial. Tendo em conta que 1/5 da produção provém de jazidas minerais "offshore", e que ocorrem acidentes durante a extração e o transporte de hidrocarbonetos, estima-se que todos os anos, sejam introduzidas nos oceanos, através da ação humana, seis milhões de toneladas de hidrocarbonetos, o que representa uma das causas principais da poluição dos oceanos. 

A poluição por hidrocarbonetos de petróleo possui diversas fontes:

- perfuração de poços e produção de óleo “offshore”;
- transporte marítimo;

- acidentes com petroleiros;
- refinarias;

- rompimento de oleodutos;
- embarcações de recreação;

- esgoto doméstico;
- esgoto industrial;
- escoamento urbano.

É impossível prever a localização e magnitude de qualquer derramamento acidental de petróleo. Como esperado derramamentos de tanques são mais frequentes em áreas costeiras do que em áreas do mar mais viajadas. Alguns exemplos de derramamentos desastrosos: Torrey Canion em 1967 no sul da Inglaterra com quase 117 mil toneladas derramadas, Arrow em 1970 em Nova Scotia 11 mil toneladas derramadas, Metula no Estreito de Magalhães em 1973 cinquenta e três mil toneladas, Argo Merchant em 1976 em Massachusets 26 mil toneladas, Amoco Cadiz em 1978 no Canal inglês 230 mil toneladas, Exxon Valdez no Sul do Alaska 35 mil toneladas; derramamento Braer em 1993 nas ilhas Schettland na Escócia 84 mil toneladas; em 2000 no Brasil especificamente no estado do Rio de janeiro, onde foram derramados 1,2 milhões de litros de óleo de um dos 14 dutos que ligam a refinaria Duque de Caxias, na baixada Fluminense ao terminal da Ilha D’água na Ilha do Governador. O mais recente vazamento de petróleo com graves conseqüências ambientais aconteceu no final de novembro/2007, com o afundamento de um petroleiro na costa da Espanha que transportava 77 mil toneladas de óleo combustível. 

O acidente se tornaou uma das maiores catástrofes ambientais da história causadas por vazamento de óleo. O navio Prestige, das Bahamas, afundou no dia 19 de novembro de 2007 a 250 quilômetros da região da Galícia. O vazamento de óleo atingiu as praias e as encostas da Espanha. Segundo as organizações ambientais, entre 10 a 15 mil pássaros foram afetados. Os sites especializados noticiavam que as autoridades espanholas haviam estimado em 950 milhões de Euros os gastos com a remoção do óleo e com a limpeza ambiental necessária.

O petróleo possui composição variada, de forma geral é composto por uma mistura complexa de diversos compostos, principalmente hidrocarbonetos aromáticos e não aromáticos, além de certa quantidade de metais pesados e compostos que contém nitrogênio, enxofre e oxigênio. 

Os danos provocados pelo petróleo são inúmeros e incalculáveis a seguir são citados alguns:

• danos às praias e áreas recreacionais;
• danos a ecossistemas marinhos e costeiros (manguezais, estuários);
• modificações de habitats retardando ou impedindo a recolonização;
• prejuízo à pesca, algas, mamíferos marinhos entre outros;
• perigo ao ser humano pela ingestão de alimento contaminado.

As cartas de sensibilidade ambiental ao derramamento de óleo (cartas SAO) são ferramentas utilizadas para o planejamento de contingência e para a implementação de ações de resposta em caso de acidentes com óleo, bem como são requisito obrigatório para inúmeros processos de licenciamento ambiental. Para a confecção destas cartas, é necessário que se determine o índice de sensibilidade do litoral (ISL) para cada segmento da linha de costa. 

O índice de sensibilidade é baseado nas características geomorfológicas referentes à exposição relativa a energia de ondas e marés, declividade do ambiente e granulometria. A classificação varia de 1, para ambientes menos sensíveis, até 10 para os setores da costa mais vulneráveis a um derramamento, como os manguezais.

Carvão e seus derivados


Até a segunda guerra mundial, o carvão era o combustível mais utilizado no mundo. A descoberta dos combustíveis derivados do petróleo, que permitiu o desenvolvimento dos motores a explosão e abriu maiores perspectivas de velocidade e potência, e o surgimento da energia nuclear, relegaram o carvão a condição de fonte subsidiária de energia. No entanto, a disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral e o baixo custo do carvão vegetal ainda conferem a esse combustível um papel relevante.


Carvão é um material sólido, poroso, de fácil combustão e capaz de gerar grandes quantidades de calor. Pode ser produzido por processo artificial, pela queima de madeira, como o carvão vegetal; ou originar-se de um longo processo natural, denominado encarbonização, pelo qual substâncias orgânicas, sobretudo vegetais, são submetidas à ação da temperatura terrestre durante cerca de 300 milhões de anos e transformam-se em carvão mineral. Em função da natureza desses processos, o carvão vegetal é também chamado de artificial, e o carvão mineral, de natural.


Carvão Mineral

De acordo com a maior ou menor intensidade da encarbonização, o carvão mineral - também chamado carvão fóssil ou de pedra - pode ser classificado como linhito, carvão betuminoso e sub-betuminoso (ambos designados como hulha) e antracito. A formação de um depósito de carvão mineral exige inicialmente a ocorrência simultânea de diversas condições geográficas, geológicas e biológicas. Primeiro, deve existir uma vegetação densa, em ambiente pantanoso, capaz de conservar a matéria orgânica. A água estagnada impede a atividade das bactérias e fungos que, em condições normais, decomporiam a celulose. A massa vegetal assim acumulada, no prazo de algumas dezenas de milhares de anos - tempo curto do ponto de vista geológico - transforma-se em turfa, material cuja percentagem de carbono já é bem mais elevada que a da celulose.


Na etapa seguinte, que leva algumas dezenas de milhões de anos, a turfa multiplica seu teor de carbono e se transforma na primeira variedade de carvão, o linhito, cujo nome provém de sua aparência de madeira. Na etapa seguinte, surge a hulha, primeiro como carvão betuminoso, depois como sub-betuminoso. Na fase final, a hulha se transforma em antracito, com teores de até 90% de carbono fixo.

Quanto maior o teor de carbono, maior também é o poder energético. Por isso, a turfa, que tem teores muito baixos e altas percentagens de umidade, nem sempre pode ser aproveitada como combustível, e nesse caso serve para aumentar a composição de matéria orgânica dos solos. Encontrada nos baixios e várzeas, ou em antigas lagoas atulhadas, a turfa caracteriza-se pela presença abundante de restos ainda conservados de talos e raízes. Já o linhito, muito mais compacto que a turfa, é empregado na siderurgia, como redutor, graças a sua capacidade de ceder oxigênio para a combustão e transformar-se em metal. É utilizado também como matéria-prima na carboquímica. Quando o linhito se apresenta brilhante e negro, recebe o nome de azeviche.

A hulha é composta de carbono, restos vegetais parcialmente conservados, elementos voláteis, detritos minerais e água. É empregada tanto como combustível quanto como redutor de óxidos de ferro e, graças a suas impurezas, na síntese de milhares de substâncias de uso industrial. O antracito, última variedade de carvão surgida no processo de encarbonização, caracteriza-se pelo alto teor de carbono fixo, baixo teor de compostos voláteis, cor negra brilhante, rigidez e dificuldade com que se queima, dada sua pobreza de elementos inflamáveis. É usado como redutor em metalurgia, na fabricação de eletrodos e de grafita artificial. Uma de suas principais vantagens consiste em proporcionar chama pura, sem nenhuma fuligem.

O carvão mineral, em qualquer de suas fases, compõe-se de uma parte orgânica, formada de macromoléculas de carbono e hidrogênio e pequenas proporções de oxigênio, enxofre e nitrogênio. Essa é a parte útil, por ser fortemente combustível. A outra parte, mineral, contém os silicatos que constituem a cinza. As proporções desses elementos variam de acordo com o grau de evolução do processo de encarbonização: quanto mais avançado, mais alto o teor de carbono na parte orgânica e menor o teor de oxigênio.

Em virtude dessa estrutura complexa e variável, o carvão mineral apresenta diversos tipos. Seu emprego para fins industriais obedece a uma classificação que toma como base a produção de matéria volátil e a natureza do resíduo. Assim, há carvões que se destinam à produção de gás, de vapor ou de coque, que é um carvão amorfo, resultante da calcinação do carvão mineral, e de largo emprego na siderurgia.

Para combustão em caldeira, é preferível o carvão com pequenos teores de cinza e quantidades moderadas de matéria volátil, condições que proporcionam bom rendimento térmico. É preferível que apresente também o mínimo de enxofre e poder calorífico elevado, já que o calor por ele gerado vai ser utilizado diretamente ou transformado em outras formas de energia. Para a produção do coque metalúrgico com propriedades mecânicas para uso em altos fornos, o carvão mineral precisa apresentar propriedades aglomerantes ainda maiores e teores mais baixos de enxofre e cinza. Na destilação do carvão para produção de gás combustível ou coque metalúrgico, obtêm-se também águas amoniacais, das quais extraem-se a amônia e o alcatrão.

Muito embora os derivados de petróleo - como a gasolina, o querosene, o óleo combustível e o diesel - e a energia termonuclear tenham deslocado o carvão mineral como fonte de energia, sobretudo para as máquinas móveis, ainda é significativa sua participação no total do consumo energético dos países desenvolvidos - cerca de 20% no final do século XX. A entrada em operação de centenas de usinas hidrelétricas e termonucleares não conseguiu diminuir drasticamente, como se esperava, a participação do carvão, não somente porque essas fontes de energia representam grandes investimentos iniciais e provocam sérios impactos no meio ambiente, mas também porque a disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral é ainda grande.


Carvão Vegetal

O processo tradicional de obtenção do carvão vegetal dá-se pela queima ou aquecimento de madeira, em temperaturas que variam entre 500 e 600C, na ausência de ar. Empilham-se estacas de madeira, cobertas parcialmente por terra, para limitar a entrada de ar, e procede-se à queima. Trata-se de uma técnica bastante primitiva, que não permite o aproveitamento de nenhum subproduto, geralmente usada por pequenos produtores, que operam no próprio local de desbaste das árvores. O processo industrial utiliza fornos, preaquecidos à temperatura de 300oC, nos quais são colocados pedaços relativamente pequenos de madeira seca. Esse processo permite a produção em escala incomparavelmente maior de carvão vegetal destinado à siderurgia do ferro gusa e à obtenção de subprodutos, como metanol, ácido acético, piche, óleo e gás. A madeira mais indicada é o eucalipto, plantado em grandes extensões.


Graças à principal característica do carvão vegetal, que é sua grande porosidade, costuma-se empregá-lo como adsorvente, seja para desodorizador do ar, seja como descorante de soluções. Utiliza-se esse tipo de carvão vegetal em respiradores de máscaras contra gases, para remoção de vapores tóxicos, e na purificação da água. Ainda na categoria do carvão artificial, podem-se citar o negro-de-fumo, fabricado a partir do petróleo e de grande utilização na indústria da borracha. Na produção de pneus, por exemplo, a participação do negro-de-fumo é de 35% em relação à borracha natural e de 50% para a borracha sintética.

Os carvões animais, obtidos pela calcinação de resíduos da industrialização de animais, principalmente ossos e partes córneas, são usados como absorventes e pigmentos negros. Contêm grande proporção de carbonato e fosfato de cálcio. A indústria açucareira utiliza-o no descoramento da calda de açúcar.

Carvão no Brasil

Formadas sob condições climáticas desfavoráveis, as jazidas brasileiras de carvão mineral, localizadas na região Sul, são pouco espessas e de qualidade inferior. Apenas o carvão produzido em Santa Catarina é coqueificável, mesmo assim em proporções mínimas - menos de 20% - e por isso tem de ser misturado ao carvão importado. Já o carvão vegetal é produzido basicamente para atender as siderúrgicas, a partir do eucalipto. Para isso, as produtoras necessitam de imensas plantações, que provocam impactos ambientais desfavoráveis, já que não chegam a constituir um ecossistema e expulsam as espécies animais. A produção caseira de carvão vegetal, feita por métodos primitivos, embora pouco representativa do ponto de vista econômico, provoca desmatamento e poluição ambiental. Parte dessa produção destina-se ao consumo doméstico, em restaurantes com forno de lenha e churrasqueiras.


Fontes:
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/5534/newpage11.htm

Questões de vestibular sobre Petróleo e Carvão mineral
 
1) Analise as afirmativas sobre as características do petróleo e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.

a) O petróleo é uma fonte energética renovável, e sua utilização não é nociva ao meio ambiente.


b) A formação do petróleo ocorre em milhões de anos, sendo um processo de alteração da matéria orgânica vegetal ou animal.


c) Principal fonte de energia da Primeira Revolução Industrial (século XVIII), o petróleo teve seu uso reduzido nos séculos posteriores.


d) Entre as várias utilidades do petróleo estão a produção de combustíveis (gasolina e diesel), além de produtos como o plástico.


e) As maiores reservas petrolíferas conhecidas estão localizadas nos países do Oriente Médio.


2) (UFC-CE) As reservas petrolíferas estão relacionadas a um tipo de formação geológica. Indique, corretamente, esse tipo de formação.

 
a) Escudos cristalinos.
b) Bacias sedimentares.
c) Dobramentos cenozoicos.
d) Placas tectônicas.
e) Aluviões quaternários.
 
3) (UFRN) O chamado éter de petróleo é constituído principalmente de:
 
a) éter etílico
b) hidrocarbonetos aromáticos
c) pentanos e hexanos
d) álcoois e fenóis
e) metano e etano
 
4)  (CEFET - PR) O gás de cozinha (GLP) é produzido por refino do petróleo. É falso afirmar que:
 
a) é gasoso na temperatura ambiente;
b) sob pressão, está liquefeito dentro do bujão;
c) é formado por compostos de 5 a 6 átomos de carbono;
d) é menos denso que a gasolina;
e) tem ponto de ebulição mais baixo que o querosene.
 
5)  (U. E. - PONTA GROSSA - PR) Em relação ao petróleo, assinale alternativa incorreta:
 
a) A composição do petróleo não é constante, diferindo de acordo com a região de onde é extraído.
b) O processo de cracking possibilita extrair do petróleo maior quantidade de gasolina.
c) A fração de hidrocarbonetos que contém de 3 a 17 carbonos apresenta-se líquida.
d) O gás natural, que precede a saída do petróleo, é constituído principalmente por metano.
e) O petróleo é produto da decomposição da matéria orgânica e ocorre em bolsões aprisionados por rochas impermeáveis.
 
6)  (UFRS) O GLP (gás liquefeito de petróleo) é uma fração de destilação constituída essencialmente de:
 
a) metano
b) propano e butano
c) hexanos
d) metano, etano e propano
e) hidrocarbonetos parafínicos com até dez carbonos na molécula

7) O Carvão mineral e o petróleo continuam a ser as duas principais matrizes elétrica e energética mundiais, porém a crise ambiental (com destaque para o aquecimento global) e a problemática do

abastecimento de petróleo fazem com que os combustíveis renováveis e, sobretudo “limpos”, ganhem evidência. Sobre a questão é correto afirmar que

I. os combustíveis fósseis, embora não-poluentes, necessitam ter seu consumo reduzido pelo simples fato de não serem renováveis e, portanto, sujeitos ao esgotamento em um futuro próximo.

II. a água, embora seja uma fonte de energia limpa e renovável, gera polêmicas pelos impactos sociais e ecológicos causados com as construções de grandes hidrelétricas, que destroem ecossistemas e expulsam populações ribeirinhas.
III. a energia solar, apesar de abundante e não-poluente, ainda é pouco utilizada, o que certamente se explica muito mais pelas políticas energéticas e interesses de grupos, do que pelo elevado custo dos painéis de captação de energia.
IV. o Biodiesel, destaque brasileiro em tecnologia alternativa de combustível por ser menos poluente que os hidrocarbonetos e por criar empregos no campo, nem por isso está imune de gerar problemas ambientais, sobretudo, se vier a ser um investimento muito lucrativo, pois fatalmente avançará e destruirá áreas ainda preservadas e de fronteiras, como já ocorre com a soja. Estão corretas apenas as alternativas:

a) II, III e IV

b) I, II e III
c) I e IV
d) II e III
e) I, II e IV

8) “Todas as atividades humanas, desde o surgimento da humanidade

na Terra, implicam no chamado ‘consumo’ de energia. Isto porque
para produzir bens necessários à vida, produzir alimentos, prazer e
bem-estar, não há como não consumir energia, ou melhor, não
converter energia. Vida humana e conversão de energia são sinônimos e não existe qualquer possibilidade de separar um do outro.” (WALDMAN, Maurício. Para onde vamos? S.d., p. 10. Disponível em:
http://www.mw.pro.br/mw/eco_para_onde_vamos.pdf>)

Apesar de toda importância do consumo de energia para a vida moderna, podemos afirmar que sua forma de utilização no mundo contemporâneo continua a ser insustentável porque


a) o consumo de energia é desigual entre ricos e pobres, sendo que os pobres continuam a utilizar fontes arcaicas que são muito mais danosas ao meio.

b) as chamadas fontes alternativas que são não-poluentes são de custos elevadíssimos e só podem ser produzidas em pequena escala para consumo muito reduzido.
c) a energia hidroelétrica que assumiu a liderança no consumo mundial necessita da construção de grandes represas que causam grandes impactos ambientais.
d) as principais matrizes energéticas do mundo continuam a ser o petróleo e o carvão, que são fontes não-renováveis e muito poluentes.
e) a energia nuclear, que é a solução mais viável para a questão energética do mundo, depende do enriquecimento do urânio, cuja tecnologia é controlada por poucos países e inacessível para a grande maioria.

9) (ACAFE/2007) Fonte de energia muito utilizada, o petróleo é um recurso natural não-renovável e, por isso mesmo, tema de muitos debates. Sobre ele, todas as alternativas estão corretas, exceto a:


a) A utilização do petróleo traz grandes riscos para o meio ambiente, desde o processo de extra-ção, transporte, refino, até o consumo, emitindo não só gases que poluem a atmosfera mas tam-bém provocando sérios vazamentos de petroleiros.

b) A Agência Nacional do Petróleo, criada nos anos 90 do século passado, veio para reforçar o mono pólio da Petrobrás em relação a esse hidrocarboneto, ficando sob a sua responsabilidade to-das as etapas, desde a exploração, refino e transporte, até a venda

c) O alcance da auto-suficiência sustentável do Brasil na produção de petróleo só foi atingida graças aos altos investimentos em tecnologia e aos recordes de perfuração em águas profundas, colocando a Petrobrás como a maior produtora nesse setor no mundo.

d) A vulnerabilidade dos países às flutuações internacionais do mercado de petróleo e às reservas de petróleo desproporcionalmente repartidas no planeta, fazem o mundo manter seu olhar preocupante voltado para o Oriente Médio, região de turbulências crônica

e) A demanda contínua desse hidrocarboneto pela população do planeta mantém o petróleo ainda como uma importante fonte não-renovável da matriz energética mundial para as próximas décadas do século XXI.

10) (PUC-PR) A industrialização européia teve como base energética o uso do carvão mineral. Até hoje, mesmo com a ampliação do uso de petróleo, da energia hidrelétrica e das usinas nucleares, o carvão permanece como importante fonte energética, principalmente, nos países da Europa Oriental. Ocorre, porém, que a queima do carvão mineral, em grandes quantidades, pode provocar o aumento do volume do óxido de enxofre na atmosfera e, com isso, o fenômeno:

a) da chuva ácida.
b) do vento geotrópico.
c) da rarefação do ar.
d) desertificação.
e) da redução da ionosfera.

11) A intensificação do uso de fontes de energia de origem fóssil (carvão mineral, petróleo, gás natural, etc) gera vários problemas ambientais. Aponte os principais problemas gerados pelo carvão mineral.

12) O carvão mineral pode ser encontrado na natureza em quatro formas distintas, variando conforme seu poder, que é resultante da quantidade de carbono no material. Caracterize os quatro diferentes tipos do carvão:

a) Antracito
b) Hulha
c) Linhita
d) Turfa

13) Apesar da descoberta e desenvolvimento de outras fontes energéticas, o carvão mineral continua sendo bastante utilizado como fonte de energia. Qual a principal utilidade do carvão mineral?

14) (UFMS 2010) O Brasil já adotou várias medidas alternativas com relação à demanda energética para tentar diminuir sua dependência do petróleo (fonte energética não renovável). Entre elas, pode ser citado o uso da biomassa vegetal, seja como biocombustível, com a utilização principalmente da cana-de-açúcar para a produção do álcool, seja como fonte de calor. Para o funcionamento de indústrias siderúrgicas, são necessárias fontes que forneçam uma grande quantidade de energia, e esta é encontrada no carvão vegetal. Com relação à produção do carvão vegetal no Brasil, é correto afirmar:

1) O carvão vegetal é produzido pela queima da madeira.
2) A produção do carvão vegetal, muitas vezes é realizada em pequenas carvoarias, e o Brasil atualmente é o maior produtor de carvão vegetal.
4) A demanda por matéria-prima para a produção do carvão vegetal foi solucionada completamente com a utilização de áreas de reflorestamento.
8) O eucalipto é uma espécie muito utilizada para a produção de carvão vegetal, a monocultura dessa espécie está aumentando em todo o País.
16) A vantagem do eucalipto, para a produção de carvão vegetal, é seu lento desenvolvimento e grande biomassa, além de não agredir o ambiente, pois geralmente as monoculturas são implantadas em áreas já degradadas.
32) O eucalipto vem sendo utilizado como carvão vegetal há várias décadas, principalmente para a fabricação de ferro-gusa e hoje sua área de cultivo continua em crescimento.

Gabarito:

1) a) Falso – O petróleo é uma fonte energética não renovável, ou seja, irá se esgotar. Sua utilização é extremamente prejudicial ao meio ambiente, causando poluições atmosférica, hídrica, do solo, etc. Sua queima libera gases que agravam o efeito estufa.

b) Verdadeiro – O petróleo é formado através da decomposição de matérias orgânicas (vegetal ou animal). Esse processo leva milhões de anos para se concretizar.
c) Falso – A principal fonte energética da Primeira Revolução Industrial foi o carvão mineral. O uso do petróleo não sofreu redução e, desde a primeira metade do século XX, ele é a principal fonte energética do mundo.
d) Verdadeiro – O petróleo é utilizado na produção de gasolina, óleo diesel, plástico e até medicamentos.
e) Verdadeiro – Aproximadamente 65% das reservas mundiais de petróleo estão localizadas no Oriente Médio, com destaque para a Arábia Saudita, que é a maior produtora do planeta.
 
2) B    3) C    4) C    5) C    6) B    7) A    8) D    9) B    10) A    11) Os impactos ambientais das usinas a carvão são grandes, não só pelas emissões atmosféricas, mas também pelo descarte de resíduos sólidos e poluição térmica. A queima do carvão mineral libera na atmosfera dióxido de carbono (CO2), óxido de nitrogênio (NOx) e dióxido de enxofre (SO2). Esses gases reagem com as águas das chuvas, o resultado é a formação do ácido nítrico (HNO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4), que depois se precipitam em forma de chuva ácida.    12) a) Foi formado na era Paleozoica, é o mais raro é possui de 90 a 96% de carbono (o maior poder calorífico).   
b) Também se formou na era Paleozoica, é o mais abundante e mais consumido, com um teor de carbono de 75% a 90%. É o carvão mais abundante e consumido pelas indústrias e utilizado para a geração de energia elétrica.
c) Se formou na era Mesozoica, apresenta um teor de carbono de 65% a 75%.
d) Se formou na era Cenozoica, é o tipo de carvão mineral menos calorífico – até 55% de carbono na composição química.
13) O carvão é um combustível fóssil não renovável, ou seja, será extinto na natureza. Seu uso é muito comum para a geração de energia nas usinas termelétricas, em indústrias siderúrgicas, para a produção de aço, e nas indústrias químicas, para fabricar benzina, amoníaco, gás combustível, óleo, anilina, etc.
14) 1, 2, 8 e 32 estão corretas